YouTube lança nova IA para Shorts: conheça o poder do Veo 2 na criação de vídeos com inteligência artificial
- Rafael
- 11 de abr.
- 3 min de leitura
Como funciona o novo recurso de IA generativa para vídeos curtos

O YouTube está ampliando as possibilidades para os criadores de Shorts, incorporando novas ferramentas de Inteligência Artificial generativa no processo de criação de vídeos curtos.
E não se trata apenas de novos recursos, mas de um novo modelo de IA, que permitirá a produção de vídeos com qualidade superior, ajudando a aprimorar a criatividade dos usuários.
Segundo o YouTube:
"No ano passado, anunciamos atualizações no Dream Screen, nossa ferramenta que permite gerar fundos exclusivos para seus Shorts usando apenas um comando de texto. Hoje, o Dream Screen recebe uma grande melhoria com a integração do mais novo modelo de geração de vídeo da Google DeepMind, o Veo 2, tornando-o mais poderoso do que nunca. Além disso, estamos lançando um novo recurso baseado no Veo 2: a criação de clipes de vídeo independentes que podem ser adicionados a qualquer um de seus Shorts."
O modelo Veo 2 do Google gera vídeos realistas em alta definição (até 4K), entregando resultados impressionantes a partir de simples descrições de texto.
Agora, os criadores de Shorts poderão usar o Veo 2 não apenas para gerar fundos mais detalhados e visuais aprimorados, mas também para criar trechos inteiros de vídeo gerados por IA.
Para usar esse novo recurso, basta abrir o seletor de mídia no fluxo de criação dos Shorts e tocar em “Criar” no topo da tela.
"Depois de inserir seu comando de texto, selecione sua imagem, toque em Criar vídeo e escolha o tempo de duração desejado."*
Como mostra o exemplo abaixo, o processo permite gerar segmentos a partir dos comandos de Veo, ou até mesmo criar um Short completo usando apenas trechos gerados por IA.
Isso pode representar uma grande mudança para o YouTube, já que a ferramenta pode ser usada para aprimorar a narrativa visual nos vídeos curtos.
Por outro lado, as criações feitas por IA ainda apresentam um visual excessivamente artificial, o que pode dificultar a integração com filmagens reais.
No entanto, a tecnologia está evoluindo rapidamente, e é possível imaginar um futuro onde esses vídeos gerados por IA se encaixem perfeitamente no conteúdo dos criadores, permitindo produções mais criativas sem a necessidade de um orçamento milionário para efeitos especiais.
Ao mesmo tempo, isso também pode levar a um excesso de conteúdo genérico, com pessoas usando IA para criar vídeos repetitivos e pouco criativos que apenas saturam as plataformas.
Um exemplo são as montagens de animais se transformando que aparecem em programas de talento na TV e têm inundado o TikTok.
Existem inúmeros vídeos desse tipo, todos praticamente idênticos, com transições artificiais e distorções corporais bizarras criadas por IA.
Esse é um dos desafios da IA generativa: embora ela permita criar qualquer coisa, isso não significa que o conteúdo será criativo ou interessante.
Sim, a possibilidade de gerar qualquer tipo de vídeo é um grande avanço, mas sem um conceito forte, isso pode resultar apenas em mais vídeos descartáveis, em vez de melhorar a experiência dos espectadores.
Além disso, há preocupações em relação a deepfakes e à manipulação da imagem de pessoas reais. Para minimizar esse risco, o YouTube afirmou que os vídeos gerados com IA terão marcas d’água SynthID e rótulos indicando o uso da tecnologia.
Dado o grande interesse global por IA, faz sentido que o YouTube continue expandindo essas ferramentas. No entanto, a criatividade humana ainda é essencial para aproveitar ao máximo esses recursos – e isso só acontece com pesquisa, planejamento e uma visão clara sobre o que se quer comunicar.
Assim como acontece nas Redes Sociais, dar mais ferramentas para as pessoas não garante que o conteúdo será de maior qualidade.
Por outro lado, mais produção significa um leque maior de ideias, o que pode ser positivo. Talvez. De qualquer forma, mais conteúdo para o YouTube.
O YouTube anunciou que os novos recursos de IA para Shorts estão sendo lançados a partir de hoje para usuários nos EUA, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, com mais regiões recebendo a novidade em breve. Fonte: Social Media Today
Comments